O ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, informou nesta quarta-feira que o país receberá investimentos no setor de 3,4 bilhões de dólares no período 2007 a 2010, devido aos novos contratos assinados com as companhias estrangeiras.
Desse total, 834 milhões de dólares já estariam garantidos pela Petrobras . Um dia após a assinatura do contrato, o ministro havia informado que a estatal brasileira iria investir 1,5 bilhão de dólares na Bolívia.
``Os investimentos mais importantes acertados com empresas estrangeiras são os (campos de gás) de San Alberto, que é praticamente a continuação da produção, com 339 milhões de dólares; e o de San Antonio, com 495 milhões de dólares (ambos da Petrobras); Itaú, de 592 milhões de dólares; Incahuasi, de 1,029 bilhão de dólares e Margarita, de 905 milhões de dólares'', informou Villegas, citado no site da Agência Boliviana de Informações (ABI).
As declarações foram dadas à Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara dos Deputados, que avalia os contratos assinados com empresas estrangeiras que atuam na Bolívia, no dia 28 de outubro, que precisam da aprovação do Congresso boliviano para entrar em vigor.
CONTRATO DE RISCO
Ao contrário do informado pelo presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ministro boliviano assegurou aos deputados que os novos contratos de operação não garantirão recuperação de custos e lucros.
``Este é um contrato de risco, acertado com as empresas de tal forma que as empresas que farão investimentos estarão em um cenário de alto risco, tal qual as características da atividade petrolífera'', disse ele, segundo o site da ABI.
``Em conseqüência, os contratos de operação não asseguram em nenhum momento a recuperação de custos e lucros, este é um elemento importante porque se diferencia dos contratos de risco compartilhado que davam às empresas total garantia de recuperar custos e obter lucros'', acrescentou Villegas.
O ministro enfatizou ainda que os investimentos irão garantir volumes adicionais de gás natural e petróleo para o país e, com isso, garantir o abastecimento do mercado interno, ao mesmo tempo em que cumprirá os compromissos acertados com o Brasil e a Argentina para exportação de gás natural.