Em visita ao Porto de Paranaguá nesta sexta-feira (6), o ministro chefe da Secretaria Especial de Portos, Leônidas de Menezes Cristino, declarou que a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) ainda não enviou projetos para as obras de extensão do porto. Com isso, não há indicação de novos repasses de recursos aos portos paranaenses, segundo o ministro.
Cristino observou a infraestrutura do cais e colheu informações para a formulação do Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP). Ele aproveitou para anunciar o repasse de R$ 45 milhões para a construção de um silo graneleiro em Paranaguá. O investimento vai ficar bem abaixo do pedido de R$ 650 milhões feito pela autarquia portuária ao governo Federal para a construção do corredor de exportação.
Sobre futuros investimentos, o ministro disse que o que há até o momento "são as ideias da Appa para investimentos, mas isso não basta para oficializarmos a destinação de recursos". Ele disse que são necessários projetos para que as reivindicações da Appa possam ser atendidas. Entre os meses de setembro e outubro haverá um anúncio do governo Federal a respeito da elaboração do PNLP, que prevê o investimento de R$ 2 bilhões na infraestrutura portuária do país.
Antes de deixar o cais, o ministro elogiou o serviço de dragagem de manutenção feito nos berços de atracação. A obra, que há seis anos não era realizada, possibilitou que navios maiores possam atracar aumentando o volume de carga embarcada.
Nos próximos 30 dias a Appa deve obter as licenças ambientais para iniciar os processos licitatórios para as dragagens de manutenção no canal da Galheta e de aprofundamento. O investimento nestas obras está orçado em R$ 200 milhões, sendo que 150 milhões pagos pela própria Appa. Os outros R$ 50 milhões serão repassados pelo governo Federal.Filas de caminhões
Além de visitar a estrutura do Porto, Cristino sobrevoou a BR-277 onde são formadas as quilométricas filas de caminhões que aguardam para descarregar a carga em Paranaguá. O superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, voltou a afirmar que não pode precisar a data do início das obras de ampliação do pátio de triagem, situação que contribuiria para a diminuição de caminhões estacionados no acostamento da BR 277.
Segundo Maron, a ampliação do pátio depende do repasse de recursos federais e a expectativa é que a obra só seja realizada no ano que vem. Além disso, a Appa culpou os problemas com as pontes da BR-277 para o aparecimento das filas. Mas a concessionária Ecovia, que administra o trecho, informou que a média de caminhões na BR-277 é de 2,6 mil por dia, mesmo número dos três últimos anos.
Segundo a Ecovia, do dia 1º de março ao dia 4 de maio de 2011, em 65 dias da operação safra, foram registradas filas em 44 dias (67% do total).