O ministro de Economia da Espanha, Luis de Guindos, descartou neste sábado que seu país e a zona do euro corram o risco de enfrentar uma deflação como a que viveu o Japão, mas reconheceu que a recuperação econômica da região ainda é frágil. Ele considera que a baixa inflação, classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como um risco para a economia espanhola, é na verdade uma chance de ganhos de competitividade para o país.
"Não há risco de deflação nem na Europa nem na Espanha. O que existe é uma situação de baixa inflação, que não afetou as expectativas dos agentes econômicos, que têm vantagens. Para a Espanha isso significa que ganha competitividade e os salários não perdem poder aquisitivo", disse o ministro, segundo reportagem do jornal espanhol "El País".
Por muitos anos, o Japão conviveu com a deflação, que desacelerou o consumo e os investimentos, o que paralisou a economia. Guindos participou esta semana do encontro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (Bird) na capital dos Estados Unidos.
Ele admitiu que a inflação na Europa deve ficar entre zero e 0,5% em 2014, mas que as expectativas giram em torno dos 2% nos próximos anos. Isso sugere, segundo ele, que há uma situação extraordinária e excepcional da inflação, que deve retomar evolução mais normal à frente.