O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, renovou seu pedido aos partidos de oposição de apoio ao plano do governo de austeridade de cinco anos, em meio a sinais de descontentamento dentro do partido do governo, que tem pequena maioria no Parlamento.
Venizelos disse que a aprovação das medidas adicionais é equivalente a endossar a continuidade da Grécia como membro da zona do euro. "Seria ótimo se fosse endossado por uma grande maioria dos partidos, que acredita na identidade europeia e nas perspectivas europeias de um país", disse. "Não queremos que seja aprovado por apenas 155 deputados do partido socialista", acrescentou. "Venham e enviem uma mensagem de união e consenso. Seria ótimo se saíssemos da votação com pelo menos 180 aprovações", concluiu Venizelos.
As declarações abriram os debates, de dois dias, sobre o pacote de austeridade de 28 bilhões de euros, prevendo cortes de salários e aumento de impostos. A aprovação das medidas é condição para a liberação da próxima parcela do empréstimo concedido no ano passado pela União Europeia (UE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) ao país e para a aprovação de uma nova ajuda.
A votação está prevista para a quarta-feira. Alguns membros do partido socialista do governo têm dado sinais de que podem votar contra o programa diante da grande impopularidade das medidas. Atualmente, o governo tem 155 cadeiras no Parlamento de 300 membros, mas pelo menos dois deputados do norte da Grécia - Alekos Athanasiadis e Thomas Robopoulos - demonstraram oposição às medidas. Hoje, Venizelos reuniu-se com ambos para tentar convencê-los a votar a favor do pacote de medidas.