O ministro de Finanças da Índia, Pranab Mukherjee, afirmou que o assunto calorosamente debatido nos últimos dias sobre desequilíbrios cambiais nos mercados globais não deveria estar no topo da agenda da reunião do G-20 marcada para meados de novembro. Quando perguntado se a questão deveria ser prioridade, como tem sido sugerido pelas autoridades do Brasil, Mukherjee respondeu que não.
"Há questões que precisam ser discutidas e em um tempo curto não é possível resolver esse assunto", afirmou o ministro no domingo em Washington, após as reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. "Isso tem suas próprias implicações e as preocupações de vários países serão levadas em conta", disse Mukherjee, acrescentando que "ainda não há indicação de que durante a reunião de ministros de finanças do G-20 isso será a mais alta prioridade".
Os comentários do ministro indiano ilustram uma divisão entre algumas das maiores economias em desenvolvimento. Enquanto o ministro de Finanças do Brasil, Guido Mantega, tem defendido que as autoridades tratem dos desequilíbrios globais imediatamente, Mukherjee minimizou a urgência de ação. A Índia, diferentemente de outros países emergentes, não é tão dependente de exportações o que permite mais liberdade de ação em termos de câmbio.
O ministro indiano, no entanto, expressou sua intenção de alcançar um consenso sobre a questão cambial - mas quando, onde e como isso vai ser feito ainda permanece obscuro. Parte do problema é que não existe uma fórmula nítida "porque nossa moeda ainda não é completamente conversível", observou Mukherjee.
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