O ministro das Finanças austríaco renunciou nesta terça-feira, pressionado por divergências sobre a reforma tributária neste país que se apresenta como um exemplo na União Europeia pelo seu desempenho econômico.

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"Aqueles que defendem uma reforma tributária agora só poderão fazê-lo com novas dívidas", declarou Michael Spindelegger, também vice-chanceler e chefe do partido de centro-direita OVP.

Spindelegger, um defensor da austeridade, estava sendo pressionado por seus parceiros social-democratas do SPO e os rebeldes de sua própria formação.

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SPO e OVP defendem dois diferentes projetos de reforma tributária. O ministro, que rejeita ambos, queria condicionar qualquer reforma à recuperação prévia das contas públicas.

O pequeno país alpino tem a menor taxa de desemprego na UE, 5% em junho de acordo com o instituto Eurostat, e um défice público de 1,5% do PIB em 2013.

No entanto, a dívida pública vai subir este ano para 79,4% do PIB, em comparação com os 74,5% no final de 2013, devido à liquidação prevista da instituição bancária Hypo Group Alpe Adria.

As medidas de austeridade (28 bilhões de euros ao longo de cinco anos) adotadas em março de 2012 para reduzir o déficit e equilibrar o orçamento em 2016, começaram a ter efeitos no bolso dos austríacos.

A crescente insatisfação com a coalizão SPO-OVP favoreceu o partido de extrema-direita FPO, que atualmente lidera as pesquisas, enquanto o OVP caiu e está abaixo de 20% das intenções de voto.

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