O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse nesta segunda que a renovação da frota brasileira de caminhões só será possível com um programa efetivo de inspeção veicular. Segundo ele, veículos mais antigos também devem pagar impostos mais caros, como forma de estímulo à compra de caminhões novos. "Só a manutenção estrita de um programa sério de inspeção veicular fará a renovação natural da frota de caminhões", afirmou o ministro, ao participar em São Paulo da abertura do 17º Salão Internacional do Automóvel (Fenatran). Na semana passada, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) aprovou a obrigatoriedade da inspeção veicular em todo o País.

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Em entrevista coletiva após a abertura do evento, Miguel Jorge defendeu a taxação de carros antigos, que hoje são isentos de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). "Outra coisa que vou me atrever a falar: é preciso ter impostos maiores para veículos mais velhos. O País é um dos únicos do mundo que, quanto mais velho o carro, menos você paga imposto", disse o ministro. "Como temos esse problema de ser o País que protege os coitadinhos, ficamos com esse tipo de política populista e demagógica que no fundo faz atrasar o País.

O ministro descartou fazer um programa de bônus para os caminhoneiros que queiram entregar seu veículo antigo e comprar um novo, por conta da dificuldade em reaproveitar peças de caminhões com até 30 anos de uso. "O caminhão com 25 ou 30 anos de uso custa no mercado R$ 15 mil ou R$ 20 mil. Você desmancha e não ganha mais de R$ 800 pela sucata. Seria uma absoluta loucura.

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