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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Armando Monteiro, abriu publicamente uma disputa no governo contra o fim das desonerações e incentivos a exportações planejados pela equipe econômica. Ontem, depois das duas horas e meia da primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), Monteiro defendeu que o Reintegra é "imprescindível" e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) é "muito importante".

"O ajuste e as medidas de ajuste são muito importantes, mas não podem desestruturar algumas políticas quando se anuncia um plano de exportações, não faz sentido", afirmou. "A posição do MDIC é de que o Reintegra é imprescindível e o PSI é muito importante para sustentar o investimento. Não há posição definida e o MDIC defende os dois."

O Reintegra devolve às empresas 3% do faturamento com exportação de manufaturados. A intenção da equipe econômica é reduzi-la para 0,1%, a menor alíquota permitida pela lei que criou o programa no ano passado. Já o PSI, que financia a produção e aquisição de máquinas com juros subsidiados e prazos dilatados, é considerada uma "excrescência" pela nova equipe econômica e deve ter seu fim acelerado para meados deste ano, quando a previsão é que durasse até o final deste ano. A presidente Dilma Rousseff já teria concordado com as mudanças.

Essa não é a primeira divergência clara de Monteiro com seus colegas da Fazenda e do Planejamento. O ministro já defendeu algum tipo de "previsibilidade" no câmbio, o que é cobrado pela indústria, mas foi descartado por Joaquim Levy.

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