O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Armando Monteiro, abriu publicamente uma disputa no governo contra o fim das desonerações e incentivos a exportações planejados pela equipe econômica. Ontem, depois das duas horas e meia da primeira reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), Monteiro defendeu que o Reintegra é "imprescindível" e o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) é "muito importante".
"O ajuste e as medidas de ajuste são muito importantes, mas não podem desestruturar algumas políticas quando se anuncia um plano de exportações, não faz sentido", afirmou. "A posição do MDIC é de que o Reintegra é imprescindível e o PSI é muito importante para sustentar o investimento. Não há posição definida e o MDIC defende os dois."
O Reintegra devolve às empresas 3% do faturamento com exportação de manufaturados. A intenção da equipe econômica é reduzi-la para 0,1%, a menor alíquota permitida pela lei que criou o programa no ano passado. Já o PSI, que financia a produção e aquisição de máquinas com juros subsidiados e prazos dilatados, é considerada uma "excrescência" pela nova equipe econômica e deve ter seu fim acelerado para meados deste ano, quando a previsão é que durasse até o final deste ano. A presidente Dilma Rousseff já teria concordado com as mudanças.
Essa não é a primeira divergência clara de Monteiro com seus colegas da Fazenda e do Planejamento. O ministro já defendeu algum tipo de "previsibilidade" no câmbio, o que é cobrado pela indústria, mas foi descartado por Joaquim Levy.
Desafiados, governadores da oposição refutam culpa pela inflação e antecipam debate de 2026
Trump muda jogo político da Europa e obriga países a elevarem gastos com defesa
Preço dos alimentos não cai com ameaças, mas com responsabilidade
A inflação do grotesco: três porquinhos são deixados para morrer em exposição
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Deixe sua opinião