O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, informou que a presidente Dilma Rousseff está avaliando o reajuste de combustíveis no Brasil. Ele explicou que a mandatária teme um impacto na inflação e por isso estuda com calma o assunto.
Lobão admitiu, no entanto, que, se o barril de petróleo atingir o patamar de US$ 130, o aumento da gasolina e do diesel será inevitável. "Ela (Dilma) está examinando isso com muito cuidado para não ter impacto na inflação, mas se o barril prosseguir aumentando o preço internacional, nós optaremos por isso", disse Lobão durante intervalo do seminário sobre investimentos na África que está sendo promovido pelo BNDES.
Ele ressaltou que a Petrobras precisa do aumento de preço devido aos volumosos investimentos previstos para desenvolver o pré-sal, com contratação de plataformas, navios, além das refinarias que estão em construção. Até 2015, a estatal prevê investir US$ 224,7 bilhões.
Lobão disse ainda que a presidente da República está decidida a fazer este ano a 11ª rodada de licitações de áreas de petróleo no país. Para isso no entanto depende da votação da lei dos royalties no Senado Federal, o que deve ocorrer ainda no primeiro semestre. "Feita a votação (no Senado) ela autorizará", disse o ministro.
Diretoria
O ministro Lobão afirmou hoje que é possível haver mais mudanças na diretoria da Petrobras nos próximos 15 dias. Ele só garantiu a permanência do presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e da BR Distribuidora, José Lima Neto.
"A ideia dela (Graça) é fazer a renovação completa em toda diretoria", afirmou Lobão. "Primeiro ela tirou três, depois dois e faltam dois", completou, referindo-se ao diretor financeiro, Almir Barbassa, e ao diretor internacional, Jorge Zelada.
Em um primeiro momento a presidente da Petrobras colocou novos nomes nas diretorias de Exploração e Produção, Gás e Energia e Corporativa. Depois substituiu os diretores de Abastecimento e de Engenharia. O diretor da área internacional ainda não teve um nome de consenso, mas será substituído, segundo fontes, que negam, porém, a saída de Barbassa.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Graça havia garantido que não havia intenção de substituir Barbassa e, segundo fontes próximas à executiva, não houve mudança nessa postura.
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