O ministro de Economia espanhol, Luis de Guindos, disse neste sábado (12) que lê, vê e analisa os relatórios do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas assegurou que seu governo tem seu "próprio caminho", que é o que está tirando o país da crise.
De Guindos respondeu assim em entrevista coletiva a uma pergunta sobre se a Espanha deveria tomar medidas mais estritas para sair da crise, em linha com as recomendações do FMI.
"Vamos ver, os relatórios do Fundo Monetário, da OCDE, da Comissão Europeia, são nossos parceiros e logicamente os lemos com mais atenção, mas o governo espanhol tem seu próprio caminho de política econômica", afirmou.
O ministro ressaltou, além disso, em entrevista coletiva no marco da assembleia conjunta do FMI e do Banco Mundial em Washington, que esse caminho "é o que está tirando a Espanha da crise", algo que, em sua opinião, "alguns não acreditavam há poucos meses".
O FMI acredita que a Espanha se contrairá 1,3% este ano, em linha com as previsões do governo espanhol, mas prevê uma expansão de apenas 0,2% em 2014, abaixo da projeção oficial de 0,7%.
"Eu estou convencido que a realidade vai superar as projeções do Fundo Monetário Internacional", insistiu De Guindos, considerando que o consenso do mercado "é bastante mais otimista" que o FMI sobre a Espanha.
O ministro lembrou ainda, em linha com o assinalado nos últimos dias, que 2014 será o primeiro ano no qual haverá uma "criação líquida de emprego"
"Infelizmente na Espanha, desde o início da crise há mais de cinco anos, não tivemos nenhum ano com criação líquida de emprego. Essa é uma modificação fundamental", concluiu.
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