O ministro das Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, anunciou nesta quinta-feira (3), em nome do governo, que não será realizado um referendo sobre o resgate financeiro do país, como o primeiro-ministro, Giorgos Papandreou, havia anunciado na segunda-feira.
"O governo anuncia de forma oficial que não haverá um referendo", disse Venizelos em discurso para parlamentares transmitido pela rede estatal de televisão.
O titular da pasta de Finanças, que tinha diferenças com Papandreou sobre a conveniência de convocar este referendo, ressaltou que "é positivo enviar uma mensagem (aos países da União Europeia) de que não será realizado um referendo".
O país, acrescentou o ministro, deve ter um governo estável, um sistema bancário a salvo, e se movimentar o mais breve possível com resultados claros para receber a sexta parcela do primeiro pacote de ajuda, no valor de 8 bilhões de euros.
Venizelos também afirmou que "a crítica situação exige que sejam obtidas 180 cadeiras no parlamento para aprovar o acordo de 26 de outubro", pelo qual o Eurogrupo aprovaria um segundo plano de resgate para a Grécia com o perdão de metade de sua dívida.
Já Papandreou foi mais ambíguo, ao dizer, nesta quinta, que seu governo é que vai decidir se no final realizará ou não o polêmico referendo sobre o plano de ajuda internacional ao país.
"Realizar um referendo ou não é nossa decisão. Pode ser que estejamos sob a supervisão financeira (internacional), mas as decisões são tomadas no Parlamento e no Governo", disse Papandreou.
Pouco antes, o próprio premiê havia dito em comunicado que, devido ao apoio declarado da oposição conservadora ao segundo plano de ajuda internacional à Grécia, já não era necessário realizar a controversa consulta popular, o que não repetiu em seu discurso no Parlamento.
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