O ministro espanhol de Economia, Luis de Guindos, apresentou nesta sexta-feira otimistas perspectivas econômicas e afirmou que há "mais riscos" de que sejam melhores do que piores que as previstas, com um crescimento de 1,5% em 2014 e 2015.
Guindos manifestou que espera que na Espanha ocorra "pelo menos" dito crescimento econômico contemplado no Programa de Estabilidade, que prevê também a criação de 600 mil empregos líquidos, e assegurou que o governo trabalhará para que seja "superior".
Durante um almoço organizado pelo jornal "Sur" em Málaga, o titular de Economia ressaltou que as projeções do governo "se baseiam em hipóteses que são muito conservadoras", e afirmou que "tudo pode melhorar".
Guindos também se referiu ao bônus espanhol a dez anos, que o programa aponta que vai estar em 3,7%, quando "já hoje está abaixo de 3%", em números de 1997, o que representa um "sinal que ter um certo valor indicativo" e "revela que há confiança na recuperação da economia espanhola".
A rentabilidade do bônus do Tesouro espanhol a 10 anos caiu hoje de 3,015% para 2,976%, novo mínimo histórico, segundo dados do mercado.
"Hoje o Tesouro espanhol se financia bem, a questão é que esta melhora vá se estendendo ao conjunto da economia espanhola", disse De Guindos antes do fechamento dos mercados.
Quanto às críticas lançadas na quinta-feira, no Dia do Trabalho, pelos maiores sindicatos do país de que as boas previsões econômicas do governo são propaganda e de que depois das eleições europeias de 25 de maio virão mais medidas de austeridade, Guindos disse que "o esforço fundamental já foi feito desde o ponto de vista orçamentário e das reformas".
Agora "estão se produzindo os frutos", acrescentou o ministro, que assegurou que a "única modificação de impostos" será aderivada da legislação comunitária".
Em seu discurso o ministro traçou a evolução da economia espanhola nos últimos anos e relatou que quando o governo apresentou há um ano seu programa de estabilidade, "nos disseram que éramos pessimistas por estabelecer projeções de crescimento muito reduzidas". Agora há previsões "alinhadas com o consenso do mercado", nas quais foi incluída uma criação de emprego que qualificou de "intensa".
De Guindos reconheceu que "falta muito para fazer" e considerou "absolutamente inaceitável" o desemprego de longa duração.