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INSS

Ministro espera propostas dos bancos que querem manter pagamento

Brasília – O governo quer que os bancos façam suas ofertas para manter a folha de pagamento dos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O ministro da Previdência, Luiz Marinho, pediu às 23 instituições que hoje realizam o pagamento dos benefícios que "precifiquem’’ suas carteiras de aposentados, o que seria alternativa ao leilão da folha defendido pela equipe econômica. Marinho se reuniu mais uma vez ontem com representantes dos oito maiores bancos pagadores de aposentadorias e pensões para discutir o assunto. "O leilão da folha é muito complicado porque pode criar um trauma nos aposentados. Por isso, a precificação a partir da carteira de cada um pode ser uma saída."

O INSS paga R$ 250 milhões por ano para os bancos realizarem o pagamento dos aposentados. Com o avanço do crédito consignado, no entanto, o governo descobriu que a folha dos aposentados é um ativo valioso e, em vez de pagar, a Previdência deveria receber pela carteira de clientes.

No ano passado, o então secretário do Tesouro Nacional Joaquim Levy começou a discussão e propôs um modelo de leilão, com a divisão do país em lotes a serem disputados. A Previdência teme essa saída, antevendo tumultos no pagamento dos aposentados. Por exemplo, se o banco vencedor de determinado lote não for o atual pagador, isso exigirá do segurado uma mudança na sua rotina para receber a aposentadoria. "Todos nós temos hábitos, e nessa idade mais que nunca. É um incômodo. Estamos com muita cautela para proteger a comodidade dos aposentados."

Os bancos jogam com essa fragilidade para pressionar o governo a continuar pagando pelos serviços. O ministro ameaça, no entanto, levar a cabo o plano da Fazenda caso os bancos não façam suas ofertas pelas carteiras. O prazo final para negociação é dezembro. A Federação Brasileira de Bancos não quis se manifestar sobre o assunto.

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