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Justiça federal

Ministro irá recorrer de decisão que afastou “apadrinhado” da Petrobras

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad)

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta sexta-feira (12), que o governo vai recorrer da decisão judicial que afastou o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Adamo Sampaio Mendes. Ele foi levado ao cargo por Silveira, segundo informações do jornal O Globo, e é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

“Decisão judicial se cumpre. E se recorre, já que é uma decisão de 1ª instância. Foi tomada a mesma decisão com relação a outro conselheiro no passado e essa decisão foi revista pelo tribunal. E naturalmente agora o processo será conduzido pela Advocacia Geral da União”, afirmou o ministro durante o Fórum Brasileiros de Líderes em Energia, no Rio.

Na decisão, o juiz Paulo Cezar Neves Junior, da 21ª Vara Cível Federal de São Paulo, apontou suposto “conflito de interesses” para suspender Mendes. A liminar foi concedida pelo juiz em uma ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP).

Na ação, o deputado citou que a indicação de Mendes para o cargo não constava em uma lista tríplice, como prevê a Lei das Estatais, além de ter sido apadrinhado pelo ministro.

Nesta sexta (12), o ministro defendeu que o conselheiro voltará ao cargo, e disse que ainda não há outro nome para a função. Segundo Silveira, o secretário não é insubstituível, mas tem dado grande contribuição para a estatal e para o setor de óleo e gás.

“Queria destacar a qualidade técnica, profissional e a decência do presidente do Conselho da Petrobras. O Brasil já conheceu esse jovem, mais experiente profissional de carreira da ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis], durante esse 1 ano que prestou relevante serviço como presidente do Conselho e no governo”, afirmou.

A liminar é mais um episódio da crise que atinge a cúpula da companhia nos últimos dias.O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, diverge de Silveira e teria sido alvo de “fritura” nos bastidores do governo Lula. O nome do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, teria sido cotado para assumir o comando da petroleira.

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