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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, multiplicou seu patrimônio em 30 vezes desde 2006 e acumula cerca de R$ 79,1 milhões. Silveira ressaltou que seu patrimônio é o resultado de "mais de 30 anos de empreendedorismo" e foi declarado. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (26) pelo portal UOL.
A maior parte dos bens, principalmente imóveis, está em nome de empresas controladas pelo ministro. Em 2006, quando foi eleito pela primeira vez para o cargo de deputado federal por Minas Gerais, Silveira e suas empresas tinham bens no valor de R$ 1,035 milhão (ou R$ 2,6 milhões, em valores atualizados pelo IPCA).
Nas eleições de 2022, o ministro declarou aos Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter bens no valor de R$ 8,5 milhões. A maior fatia de seu patrimônio não foi declarada à Corte eleitoral nas últimas eleições, pois está vinculada a sua holding patrimonial, a Solidez Participações. A holding é utilizada para melhor planejamento tributário ou de sucessão e não é ilegal.
“Tudo o que eu tenho está no meu Imposto de Renda e está declarado na Justiça Eleitoral, conforme determina a legislação vigente. Quem faz vida pública há mais de 20 anos tem que ter seu patrimônio todo na Justiça Eleitoral”, disse o ministro ao UOL.
A Solidez Participações possui cotas de empresas de construção, agropecuária e consultoria que são propriedade indireta de Silveira. Formalmente, ela é administrada por um primo do ministro. Silveira declarou ao TSE ser dono de ações da Solidez e de uma franqueadora de cartões de benefícios em saúde, que ele diz não ter dado certo.
"Não possuo nenhum bem oculto, ou seja, que não esteja declarado perante a Receita Federal do Brasil. Todos os imóveis que são propriedades das empresas estão declarados em nome das mesmas perante a Receita Federal do Brasil. Já todos os imóveis que estão em meu nome, Alexandre Silveira de Oliveira, também estão declarados no meu Imposto de Renda", afirmou o ministro.
O levantamento foi feito com base em 1.254 documentos públicos, obtidos em cartórios de notas e de imóveis de três estados, juntas comerciais, prefeituras e tribunais de Justiça, informou o UOL.