Representantes de diversos países vão participar no Rio, no fim de semana, de uma reunião do G-20 — formado por nações em desenvolvimento que tratam do fim das barreiras agrícolas na chamada Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). É a primeira vez, desde julho, quando as negociações da OMC foram suspensas, que representantes de grupos e países de praticamente todo o planeta voltarão a conversar sobre o tema, com o objetivo de relançar a rodada.

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Além do G-20 — liderado por Brasil, Índia e África do Sul, e que, na verdade, tem 21 países e deverá receber, no sábado, a adesão de Peru e Equador — estarão reunidos os coordenadores do LDC (sigla em inglês do grupo de países menos desenvolvidos do mundo); do G-33, que defende um tratamento especial, devido à forte presença da agricultura de subsistência; do ACP(países de África, Caribe e Pacífico que são ex-colônias européias); e o secretário-geral da OMC, Pascal Lamy.

O ministro de Comércio e Indústria do Reino Unido, Alistair Darling, advertiu nesta quarta-feira, em São Paulo, que um possível fracasso das negociações da OMC terá conseqüências negativas para todos os países.

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- Os países não têm que pensar no êxito e sim nas conseqüências do fracasso - disse Darling a jornalistas após dar uma conferência na sede da Federação de Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Darling afirmou que um fracasso nas negociações da OMC ainda pode ser evitado. Para isso, terão que ser superadas as diferenças sobre subsídios agrícolas entre os países desenvolvidos e o G-20.

- Quem sabe não seja necessário um novo Dia D para que a Inglaterra convença a França a mudar de posição - afirmou o diretor de Relações Internacionais da Fiesp, Carlos Cavalcanti, em alusão à política protecionista de Paris nos assuntos agrícolas.

Cavalcanti disse que, durante o encontro com Darling, os empresários mostraram a intenção de fazer concessões nas negociações da OMC, desde que os Estados Unidos e a União Européia (UE) facilitem sua abertura comercial aos produtos agrícolas brasileiros.

Em sua conferência, o ministro britânico pediu a intensificação das relações comerciais com o Brasil, e falou sobre as possibilidades oferecidas pelas indústrias farmacêutica, aeronáutica e de biocombustíveis.

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