Ministros vão ao Japão e à Coréia do Sul em duas semanas para discutir TV digital

• 0

O grupo de ministros que estuda a TV digital vai ao Japão e à Coréia do Sul no máximo em duas semanas para discutir a possibilidade de implantação de uma fábrica de semicondutores e de circuitos de televisores de cristal líquido (LCD) no Brasil. Deverão ir aos dois países a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e os ministros das Comunicações, Hélio Costa; e da Fazenda, Antonio Palocci. Também poderá participar da comitiva o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan.

- O governo já tem praticamente todo o subsídio necessário para a tomada de decisão com respeito ao padrão. O que nós queremos agora é garantir que o Brasil vai ter o apoio do governo japonês, do governo coreano e qualquer governo da União Européia para que nós possamos realmente agora dar um passo decisivo na indústria eletrônica brasileira - afirmou Hélio Costa.

Segundo o ministro, os investimentos necessários para instalar a fábrica de semicondutores no país deverão ficar entre US$ 400 milhões e US$ 500 milhões. Este tipo de indústra é especialidade do Japão - pequenas fábricas de semicondutores para televisores, DVDs, e eletrodomésticos de modo geral.

- O que nós estamos vendo é que no ano que vem, se ficarmos dependendo de vender televisores de tubo para a América Latina, o nosso mercado acaba, nós não vamos ter mais para quem vender - afirmou. Quanto ao prazo para o anúncio do padrão de TV digital que será implantado no país, o ministro afirmou:

- Prometo que respondo na semana que vem. Estou programado para estar com o presidente da República na terça ou quarta-feira, dependendo da agenda dele. Vamos discutir essa questão.

Para o ministro, os prazos iniciais de transmissões experimentais da TV digital durante a Copa do Mundo e o início da operação comercial em setembro ainda são "factíveis". Ele lembrou que as empresas de comunicações estão se preparando. Quanto ao anúncio das redes de televisão divulgados hoje, defendendo uma decisão rápida do governo, Hélio Costa disse que achou interessante , mas que a decisão do padrão é do presidente da República.