Acionistas minoritários da Oi já começaram a se mobilizar após a confirmação do calote da Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo, na Portugal Telecom (PT), recorrendo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Raphael Martins, da Faoro & Fucci Advogados, advogado de acionistas minoritários da Oi, diz que foram solicitadas informações à operadora brasileira, ao BTG (coordenador líder da oferta da Oi), ao Santander (avaliador dos ativos da PT e também coordenador da oferta da Oi) e à KPMG (auditor). A tele brasileira realizou uma oferta pública de ações em abril, parte do processo de fusão com a PT.

Os minoritários querem saber se houve falhas no processo de oferta pública de ações e na elaboração do laudo de avaliação dos ativos da PT. Os bens da tele portuguesa entraram no aumento de capital e foram avaliados em R$ 5,7 bilhões.

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Além disso, querem esclarecer se essas falhas dizem respeito ao grau de diligência adotado pelas empresas e a evidenciação das operações financeiras envolvendo PT e sociedade do Grupo Espírito Santo, em referência à compra de títulos comerciais da Rioforte pela PT.

São solicitados, por exemplo, esclarecimentos sobre as circunstâncias em que ocorreram essas operações com a Rioforte - como o processo de aprovação, pessoas responsáveis e datas -, além de quais as medidas que a Oi está adotando em relação aos responsáveis pela realização das operações na sócia portuguesa.

O jornal "O Estado de S. Paulo" informou nesta quinta-feira (24) que a Tempo Capital encaminhou à CVM uma nova reclamação contra a Oi S.A.. A gestora é acionista minoritária da operadora de telefonia e moveu recursos contra a operação de aumento de capital anunciada como parte da fusão entre Oi e Portugal Telecom, em outubro do ano passado.