Balança tem déficit de US$ 619 mi na 2ª semana do mês
A balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 619 milhões na segunda semana de julho (8 a 14), segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na tarde desta segunda-feira. No período, as exportações somaram US$ 4,240 bilhões e as importações, US$ 4,859 bilhões.
No acumulado do ano, as exportações somam US$ 123,457 bilhões e as importações totalizam US$ 126,970 bilhões, resultando em saldo negativo de US$ 3,513 bilhões. Neste mês, o resultado representa déficit de US$ 421 milhões.
Na apresentação dos números, o governo aponta que "o menor movimento de exportação verificado na 2ª semana de julho foi influenciado pelo feriado de 9 de julho no Estado de São Paulo e também por manifestações que dificultaram o acesso a portos de embarque no País durante a semana". Em seguida, o ministério relata que a média diária de exportação do Porto de Santos (SP) registrou redução de 29,5% entre a primeira e a segunda semana do mês.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse que "é preciso separar o joio o trigo" ao ser indagada sobre o aumento real de 6,6% nas despesas do governo no primeiro semestre de 2013, em relação ao mesmo período de 2012, como revelou nesta segunda-feira (15) o jornal O Estado de S.Paulo. Segundo a ministra, que não falou em números, a equipe do governo está preparando informações sobre os gastos de custeio e, por isso, seria preciso discriminar os gastos.
"As despesas de custeio administrativo, como passagens aéreas, não cresceram, o que mostra a preocupação em conter gastos. Temos ainda gastos de custeio que são 'finalísticos', como em educação e saúde, além do Bolsa Família, que, do ponto de orçamentário, é custeio, mas para mim é investimento", disse a ministra. "É preciso combater o mau custeio e valorizar o que leva a prestação de serviços à população", completou Miriam, após participar de uma palestra no Sindicato da Habitação, em São Paulo (SP).
Miriam afirmou ainda que a folha de pagamento e a Previdência Social, "que são os grandes gastos", estão sob controle do governo. Já sobre o corte de até R$ 15 bilhões no orçamento federal de 2013, a ministra reafirmou que seguem as discussões sobre o tema e que "não temos nenhuma perspectiva desse assunto".
Durante o evento, a ministra foi indagada por representantes do setor imobiliário sobre como o governo reagiu às manifestações iniciadas em meados de junho no País. Miriam admitiu que "todos foram surpreendidos pelo movimento que trouxe às ruas uma série de demandas da sociedade e que a mensagem é pela melhoria no serviço público". Ela avaliou que o importante não é estudar as origens, mas tomar as medidas para atender as demandas.
"Melhorias ocorrerão, mas sem ilusão que as coisas se resolvem num piscar de olhos", ponderou. Já sobre o programa do governo federal para a mobilidade urbana, surgido após as manifestações e discutido semana passada na Marcha Nacional dos Prefeitos, em Brasília, a ministra afirmou que o governo recebeu as principais demandas e solicitou novas informações, antes de anunciar quais empreendimentos serão selecionados. "Como são complexos, uma parte tem condição de começar em um período mais curto. E outros de projetos estruturantes, como em trilho, mais tarde", concluiu.
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