São Paulo – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu manter a decisão de obrigar a siderúrgica Mittal a estender a oferta de compra de ações da Arcelor aos acionistas brasileiros da companhia.

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Segundo nota divulgada pela CVM, a decisão foi tomada pelas superintendências de Registro de Valores Mobiliários e de Relações com Empresas em análise de recurso apresentado pela Mittal. A Comissão já havia anunciado decisão semelhante no último dia 1.º, antes do recurso ser apresentado. O pedido da Mittal, entretanto, ainda será analisado pelo colegiado da CVM.

No dia 1.º, a CVM determinou que a Mittal – que adquiriu o controle da européia Arcelor – realizasse uma oferta pública de compra de ações dos minoritários da holding da empresa no país, a Arcelor Brasil. A compra das ações envolveria um gasto adicional de até US$ 5 bilhões para a Mittal. Para a fusão da Arcelor, que criou a maior siderúrgica do mundo, o dono da Mittal, o indiano Lakshmi Mittal, já teve que desembolsar US$ 30 bilhões. O indiano esteve no Brasil na semana passada quando descartou a intenção de estender a oferta aos acioniostas brasileiros. No entender da CVM, entretanto, a operação da Mittal com a Arcelor constituiu uma troca de controle e, por isso, a Mittal ficaria obrigada a fazer "tag along’’, previsto na Lei das Sociedades Anônimas, pelo qual o mesmo direito do controlador se estende aos minoritários.

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