O fervor das bolsas de valores que vive a China está se expandindo também entre os universitários do país, apesar da preocupação do governo, que acaba de advertir-lhes contra esta moda, informou a imprensa oficial.
- Os estudantes podem apenas assumir o risco (de investir), já que não têm receita fixa e a maioria de seu capital vem de seus pais - disse Wang Xuming, porta-voz do Ministério de Educação, diz a agência de notícias Xinhua (Nova China).
Segundo Wang, o Ministério está "muito preocupado" após comprover, nos últimos meses, que o fervor das bolsas chegou também aos universitários e, em algumas faculdades, estão sendo criadas organizações relacionadas com os mercados de valores.
Após quatro anos apagadas, as duas bolsas da China - Xangai e Shenzhen - começaram a despontar no início de 2006, devido, em boa parte, ao fato de os chineses, capazes de poupar 50% de seus ingressos, encontrassem no mercado financeiro a melhor forma de obter ganhos do dinheiro poupado do que nos bancos.
Segundo publicou o jornal China Daily esta semana, a febre de bolsa chegou ao extremo de trabalhadores da província de Xichuan se esconderem no banheiro para investir em bolsa e evitar, assim, a vigilância de seus superiores.
A "terça-feira negra", registrada nas bolsas de todo o mundo em 27 de fevereiro, com a queda da Bolsa de Xangai devido a retirada, por parte dos pequenos investidores, de seus lucros devido a um rumo, enfatiza os riscos desta febre. A própria Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China já advertiu sobre os riscos de investir na bolsa de valores e pediu que mercados, corretores e autoridades do setor alertassem os cidadãos sobre esses riscos.
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