Christiano Belli, um dos criadores do Snitch: aceitação pelo mercado foi acima da expectativa| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O controle da segurança da residência na palma da mão. Essa é a proposta do sistema Snitch, criado pelos empreendedores Christiano Belli, Diego Silva e Diego Paolo Tsutsumi, de Curitiba. Em um kit enxuto, composto por câmeras e um equipamento desenvolvido pelo trio, o usuário consegue acompanhar a movimentação em casa ou na empresa. Os eventos fora do comum, como a presença de um invasor ou alteração relevante na paisagem, acionam uma notificação que chega automaticamente no celular ou computador. “A decisão e a ação de acionar a polícia é do cliente, que pode fazê-lo imediatamente com um toque sobre a imagem, na tela, no caso dos smartphones”, conta Belli.

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O sistema elimina a necessidade de equipes de segurança privada e pode gerar economia de até 75% ao ano sobre o custo de modelos convencionais de vigilância, que incluem a instalação de equipamentos e mensalidades. O kit básico, com uma câmera e o equipamento de leitura e gravação de imagens, custa R$ 174,90 por mês no primeiro ano. Com quatro câmeras, a mensalidade sobe para R$ 219,90. Em ambos os planos, no segundo ano de contrato, a parcela cai para R$ 39,90.

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Cada câmera tem alcance de 40 metros. A tecnologia dos equipamentos desenvolvidos pela Snitch aprimorou o algoritmo das câmeras de vigilância, reduzindo alarmes falsos, uma das principais razões para desistência de segurança à distância em sistemas semelhantes existentes no mercado. O Snitch pode ser usado em residências, empresas e condomínios, em uma versão está sendo aprimorada com troca de mensagens entre vizinhos e compartilhamento do aplicativo. Outra aplicação é no acompanhamento de bebês e animais de estimação.

Investimento

Os empreendedores começaram a desenvolver o sistema Snitch em 2013, mas foi em fevereiro deste ano que a empresa começou a operar, graças ao aporte de dois investidores anjos. Com o investimento de R$ 400 mil, dois dos três sócios deixaram seus empregos para dedicarem-se exclusivamente ao negócio.

O dinheiro foi usado para compra de componentes e estoque na produção dos kits. A empresa também passou seis meses em uma aceleradora em Porto Alegre e está prestes a iniciar outro processo de aceleração, em que pretendem desenvolver a versão do vigilante virtual para propriedades rurais.

Em dois meses, 30 clientes assinaram contratos em três estados. O resultado das vendas foi acima da expectativa do trio, que esperava chegar ao faturamento de R$ 100 mil no final dos primeiros 12 meses de atividades, em fevereiro de 2016. “Agora vamos rever nossas metas. Tivemos um desempenho excepcional, com objetivos de uma semana atingidos em apenas um dia”, conta Belli.

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