Mais uma marca chinesa de carros, a Geely, chega ao Brasil em agosto. Inicialmente, dois automóveis, um sedã e um compacto, serão importados do Uruguai, onde a montadora vai inaugurar fábrica em junho. O grupo, contudo, tem planos de produção local e já visitou alguns Estados, entre os quais São Paulo, Santa Catarina e Bahia.
A importação será feita pelo grupo Gandini, do empresário José Luiz Gandini, também representante da coreana Kia Motors. O acordo de representação da Geely foi assinado em julho de 2011, mas ficou congelado em razão do anúncio, dois meses depois, da alta de 30 pontos porcentuais do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros fabricados fora do Mercosul e do México. "Com a fábrica no Uruguai, a importação se tornou economicamente viável", afirma Gandini. Além de não recolher os 30 pontos extras de IPI, produtos do Mercosul são isentos de Imposto de Importação.
Embora não revele valores, uma fábrica com capacidade para cerca de 100 mil veículos ao ano exige investimentos de US$ 400 milhões a US$ 500 milhões, segundo analistas do setor. "Nosso grupo se manterá apenas na distribuição e não teremos participação numa futura fábrica, que ficará a cargo da Geely", diz Gandini. O grupo é o maior produtor independente de carros da China. A maioria das empresas tem o governo como sócio.
A importadora Geely Motors do Brasil será presidida por Ivan Fonseca e Silva, ex-presidente da Ford do Brasil e das importadoras Aston Martin e Jaguar. Segundo Fonseca, o primeiro modelo a chegar, em agosto, é o sedã médio EC7, do segmento em que atuam Toyota Corolla e Honda Civic. O preço ficará na faixa de R$ 55 mil. O segundo, previsto para novembro, é o compacto LC que disputará vendas com modelos como Volkswagen Gol e Fiat Palio, com preço na casa dos R$ 35 mil. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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