As montadoras automotivas argentinas venderão modelos mais básicos a preço de custo, por meio de empréstimos subsidiados pelo Estado. A ação faz parte de um plano para proteger empregos na terceira maior economia da América Latina ante o declínio econômico global, disseram autoridades do governo neste sábado.

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Fábricas locais da Renault, General Motors, Peugeot, Ford e outras montadoras participarão do plano do governo de proteger 150 mil empregos da indústria e evitar que a produção caia fortemente no próximo ano.

"Nós concordamos com os fabricantes de que esses carros serão oferecidos sem margem de lucro, e as concessionárias também reduzirão sua margem de lucro", disse o secretário da Indústria, Fernando Fraguio, em uma coletiva de imprensa neste sábado (6).

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O programa de empréstimos ao setor automotivo do governo, de 890 milhões de dólares, é parte de um pacote de estímulo econômico de 3,8 bilhões de dólares anunciado na quinta-feira (4) pela presidente Cristina Fernandez.

Cada montadora oferecerá dois de seus modelos mais econômicos para o plano, enquanto o governo irá fornecer três diferentes pacotes de financiamento com taxa de juros muito mais baixas que as do mercado que serão financiados pelo sistema de seguridade social.

A produção de veículos da Argentina é estimada em 600 mil a 610 mil unidades este ano, alta de 12 por cento ante a produção do ano passado.

Autoridades disseram que cerca de 150 mil pessoas estão empregadas no setor, incluindo as áreas de peças e de vendas.

O setor automotivo da Argentina, que representa 36 por cento das exportações industriais do país, tem sido um dos primeiros a sentir as consequências de uma desaceleração econômica, e executivos prevêem uma redução de 15 por cento na produção para o próximo ano - justamente o que o plano do governo pretende evitar.

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