As montadoras chinesas preparam seu desembarque no mercado brasileiro. Além da Chery, que acaba de lançar o utilitário esportivo Tiggo no País, a Build Your Dreams (BYD) e a Jianghuai Automotive Co. (JAC) têm planos concretos para entrar no Brasil nos próximos dois anos. Um escritório de advocacia brasileiro está assessorando outras duas fabricantes de caminhões chinesas, mas não revelou os nomes.
A estratégia chinesa é começar com importações, para testar o mercado, e logo depois instalar fábricas no País, utilizando peças vindas da China. Para as empresas, a presença local é importante para evitar os 35% de tarifa de importação de carros do Brasil, para ganhar a confiança dos consumidores e das concessionárias e se adequar às regras brasileiras.
O grande diferencial das montadoras chinesas promete ser o preço. Na China, a JAC vende o Tongyue, motor 1.3, pelo equivalente a R$ 15 mil, enquanto o F3, da BYD, motor 1.5, sai por R$ 20 mil. O Tiggo, da Chery, é vendido hoje por R$ 49,9 mil no Brasil, mas custa R$ 26 mil na China. A montadora também quer trazer para o País o QQ, um compacto simples, motor 0.8, que custa apenas R$ 8,8 mil na China.
As montadoras chinesas estudam o mercado brasileiro há algum tempo. Agora, conversam com os Estados para obter vantagens fiscais. Segundo o embaixador do Brasil na China, Clodoaldo Hugueney, Rio, Bahia e Ceará disputam essas montadoras.
Presentes no Brasil desde a década de 50 e donas de um lobby poderoso, as montadoras europeias e americanas vão tentar dificultar o desembarque das marcas chinesas. Mais recentemente, também se instalaram no País montadoras coreanas e japonesas.
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