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Indústria

Montadoras recorrem a layoff e férias coletivas para adequar produção

A Volkswagen inicia nesta segunda-feira um período de dez dias de férias e mais um layoff | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo.
A Volkswagen inicia nesta segunda-feira um período de dez dias de férias e mais um layoff (Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo.)

O mês de novembro começa com paralisação de fábrica, férias coletivas e layoff no setor automotivo paranaense. Para manter os empregos e driblar a queda do mercado, Renault e Volkswagen recorrem a medidas emergenciais, reduzindo o ritmo de produção, com foco na venda dos estoques.

A Volkswagen inicia nesta segunda-feira (3) um período de dez dias de férias coletivas do segundo turno e o layoff de mais um grupo de trabalhadores. A assessoria da empresa no Brasil confirmou a informação, mas não falou sobre a quantidade de empregados com contrato suspenso nem o retorno dos que estavam afastados.

Já utilizada pela montadora anteriormente, a medida de layoff suspende o contrato de trabalho por no máximo cinco meses - o funcionário passa a receber o seguro-desemprego do governo, mais a complementação do salário por parte da empresa. Segundo levantamento do Ministério do Trabalho, entre janeiro e setembro, foram registrados mais de 14 mil pedidos de layoff, sendo 34,4% do setor automotivo.

Renault

Esta segunda também foi o primeiro de quatro dias de paralisação da fábrica de veículos de passeio da Renault neste mês. A unidade, que fica em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, deve desligar as máquinas ainda nos dias 14, 27 e 28 de novembro.

Segundo a diretoria de comunicação da empresa, a medida visa "adequar os volumes de produção devido à queda do mercado interno e, principalmente, à queda nas exportações para a Argentina". Até o ano passado, o país vizinho era destino de 25% da produção paranaense.

Mercado

Apesar da medida de manutenção do IPI até o fim do ano, houve retração significativa nas vendas do setor até setembro, quando o mercado começou a reagir. Ainda assim, segundo a Anfavea, as 300,8 mil unidades produzidas no nono mês representam uma baixa de 6,7% em relação a 2013, enquanto o desempenho dos nove meses transcorridos deste ano aponta retração de 16,8% comparado ao ano passado.

Mesmo com o cenário desfavorável, a Renault decidiu manter sua meta de chegar a 8% de participação no mercado até 2016. A estabilidade das vendas da marca em um momento de consumo em queda permitiu que seu market share passasse de 6% para perto de 7%. De janeiro a setembro, foram emplacados 168 mil unidades da marca, número igual ao ano passado.

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