O novo chefe de Governo da Itália, Mario Monti, recebeu nesta sexta-feira (18) o voto de confiança da Câmara dos Deputados, depois de ter conquistado a vitória na quinta-feira no Senado, e logo após anunciou que manterá uma reunião na próxima quinta-feira com o presidente francês Nicolas Sarkozy e com a chanceler alemã Angela Merkel.
O novo governo presidido pelo ex-comissário europeu, de 68 anos, que prometeu reformar a Itália para salvar o país da crise econômica e social, recebeu 556 votos de um total de 617 deputados presentes.
Monti, apoiado por uma inédita e ampla maioria no Parlamento, conta também com o apoio da União Europeia e dos líderes da França e Alemanha.
Após a votação, Monti, anunciou reunião com Merkel e Sarkozy para analisar a crise do euro.
"Trata-se de um encontro informal, de muito trabalho", explicou Monti, acrescentando que, na terça-feira, visitará Bruxelas para almoçar com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, e depois se reunirá com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.
No curso da coletiva de imprensa, Monti afirmou que não há razões para modificar o mandato do Banco Central Europeu (BCE), exigido por alguns países para poder intervir com mais eficiência ante a crise da dívida.
Ele também alertou que, em breve, deverá tomar decisões não muito agradáveis para a Itália.
O novo chefe do governo italiano em seu discurso oficial ao assumir o cargo prometeu rigor, crescimento e equidade para tirar o país da crise e advertiu que "o futuro do euro depende também do que a Itália fizer".
Mario Monti, que se encontra numa corrida contra o relógio com os mercados, apresentou na quinta-feira ao Senado seu programa para salvar o país da crise da dívida que acossa a zona do euro.
Monti substitui "Il Cavaliere" Silvio Berlusconi ao término de uma transição relâmpago, que busca tranquilizar os mercados diante de uma das crises econômicas mais graves da história recente da Itália devido a sua gigantesca dívida pública, de 1,9 trilhão de euros (120% do PIB).
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