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Avaliação de risco

Moody’s melhora nota de crédito do Brasil; agência de risco brasileira discorda

Agência de classificação de risco Moody"s mudou a avaliação da nota de crédito do Brasil (Foto: Marcelo Andrade/Arquivo/Gazeta do Povo.)

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A Moody’s Investidor Service, agência global de classificação de risco, elevou o rating do Brasil de Ba2 para Ba1, mantendo a perspectiva positiva para o país. Segundo a agência, a mudança se deve ao crescimento mais robusto do país ao longo do ano.

A iniciativa acontece uma semana após a reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da fazenda, Fernando Haddad, com representantes das agências de rating, durante sua estadia em Nova York. Além da Moody's, participaram integrantes da Standard and Poor's (S&P) e da Fitch Ratings (Fitch).

Em comunicado nesta terça-feira (01), a Moody's disse ainda que a credibilidade do arcabouço fiscal é moderada, o que impacta o custo da dívida pública, que deve se estabilizar no médio prazo em nível relativamente alto.

Em maio, a agência já havia alterado de "estável" para "positiva" a perspectiva de nota de crédito do país.

As notas das agências traduzem a capacidade de uma instituição ou país pagarem suas dívidas. Podem ir de AAA (o famoso triple A), para os melhores colocados, a D, para os países em situação de inadimplência.

Para Alex Agostini, economista chefe da Austin Ratings, a decisão da Moody's "não faz nenhum sentido" num momento em que a perspectiva é de aumento da dívida pública, com um crescimento alavancado ás custas de estímulos governamentais.

"A impressão que fica é que a agência cedeu aos argumentos do governo brasileiro, sem considerar os fundamentos, o que é péssimo em termos de credibilidade da intituição", diz.

Com a melhora da classificação de risco, o Brasil está a um passo do chamado "grau de investimento", a nota de corte para que uma instituição ou país seja considerado um porto seguro para aportes de capital.

O Brasil ganhou o grau de investimento pela primeira vez em em 2008, conferido pela S&P. A decisão foi seguida pelas outras duas grandes agências: Fitch, no mês seguinte, e Moody’s, em setembro de 2009.

A S&P retirou o grau de investimento do Brasil em 2015, no segundo governo Dilma Rousseff (PT), em meio ao grave contexto de deterioração fiscal. A Fitch também cortou o grau de investimento no mesmo ano e fez novo rebaixamento em 2018. A Moody's retiou o carimbo de bom pagador do Brasil em 2016.

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