A agência de classificação de risco Moody's Investors cortou o rating da Argentina para um grau especulativo ainda baixo nesta segunda-feira (17), e disse que a forte queda das reservas internacionais do banco central elevam as preocupações com a capacidade do país de honrar sua dívida externa. A Moody's reduziu o rating soberano da Argentina para "Caa1", de B3, e revisou a perspectiva para estável, de negativa.
O principal motivo para o rebaixamento foi a queda das reservas internacionais que, segundo o analista da Moody's Gabriel Torres, estão em "quase queda-livre".
As reservas internacionais do país caíram para 27,5 bilhões de dólares, ante o pico de 52,7 bilhões de dólares em 2011, de acordo com a Moody's. "O que vamos estar observar mais do que qualquer outra coisa são as reservas", disse. "Se a Argentina melhorar suas opções de financiamento, da forma que for --desde que recorra aos mercados, a maiores empréstimos bilaterais, a maiores ingressos de capitais, qualquer que seja a medida que torne mais fácil para eles-- então todas são ações positivas em relação ao crédito", afirmou Torres.
Mas a Argentina está excluída dos mercados de capitais há mais de uma década desde que decretou moratória de 100 bilhões de dólares, em 2002.
A Argentina reestruturou sua dívida em 2005 e 2010, por meio da troca de bônus, impondo grande desconto para os investidores. Contudo, o país enfrenta demandas internacionais por parte de credores que exigem o pagamento total da dívida contraída. "A Argentina poderia, por exemplo, buscar recursos do Fundo Monetário Internacional, mas teria que ter uma relação com o FMI totalmente diferente da que tem hoje", disse Torres.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast