A agência de classificação de risco Moody's indicou nesta segunda-feira (9) que para que a Espanha reduza seu déficit fiscal até 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 deverá fazer um ajuste de 40 bilhões de euros, dos quais ainda restam quase 25 milhões de euros após as medidas anunciadas pelo governo.

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Em um relatório publicado nesta segunda-feira, a agência de classificação de risco aponta que as iniciativas anunciadas até o momento representam um ajuste próximo de 15,3 bilhões de euros, principalmente pelo corte de 8,9 bilhões em despesas ao congelar os salários dos funcionários e aumentar a receita em 6,3 bilhões, sobretudo pelo imposto sobre a renda.

Quanto às iniciativas do Executivo espanhol para reforçar a luta contra a fraude fiscal, por meio das quais seriam arrecadados 8 bilhões de euros adicionais, a Moody's adverte que esta receita será "muito difícil de estimar e recuperar".

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A agência deixa a entender que não resta outra saída ao governo senão aplicar novos cortes para conseguir um ajuste de aproximadamente 25 bilhões de euros em um ano no qual espera que a economia espanhola se contraia entre 0,5% e 1%.

A Moody's divulgou estas previsões depois que o governo de Mariano Rajoy anunciou que o déficit público em 2011 rondará os 8% do PIB, quase 22 bilhões de euros a mais do que o previsto.

De acordo com a agência, isto representa um "desafio" para o novo governo, que já reconheceu um ligeiro déficit nas contas da Assistência Social frente ao superávit de 0,4% do PIB previsto.

A esse rombo será necessário somar o desajuste orçamentário do Estado, superior a 4,8% do PIB, assim como o das comunidades autônomas (regiões) e o das prefeituras.

A Moody's também elogiou a rapidez do governo, afirmando que reflete seu compromisso com a consolidação fiscal, mas insistiu que é "necessário" adotar mais medidas para que as finanças públicas da Espanha voltem "a um caminho sustentável".

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