A agência de classificação de riscos Moody's manteve nesta quarta-feira (1º) a nota de crédito do Brasil no nível (rating) Ba2, mas mudou a perspectiva da avaliação de "estável" para "positiva". A atual nota do país indica um risco maior para investimentos estrangeiros. Com a mudança na perspectiva, a agência sinaliza que pode elevar o rating no futuro.
A Moody's enfatizou a importância da manutenção da credibilidade do arcabouço fiscal para a "redução das incertezas a respeito da trajetória fiscal". A agência apontou que a classificação Ba2 está "baseada na força fiscal ainda relativamente fraca do Brasil, dado o nível elevado de endividamento do país e sua fraca capacidade de pagamento da dívida, que permanece sensível a choques econômicos ou financeiros".
Após o anúncio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemoraram a mudança na perspectiva da nota de crédito. "A Moody’s acompanhou as outras agências de risco ao reconhecer a mudança para melhor das nossas perspectivas econômicas. Isso tem a ver com o trabalho conjunto dos três poderes, que colocaram os interesses do país acima de divergências superáveis", destacou Haddad.
"Mesmo com a deterioração momentânea da economia global, o Brasil caminha e recupera credibilidade econômica, social e ambiental. Temos muito a fazer!", acrescentou. O presidente afirmou que o Brasil "voltou a ser respeitado no mundo e voltou a ter credibilidade econômica e ambiental" e que "isso é bom para todo mundo".
Em nota, o Tesouro Nacional ressaltou que "essa decisão é a primeira movimentação da Moody’s desde 2018, quando houve a mudança de perspectiva de negativa para estável, e reforça a melhoria na trajetória da nota de crédito verificada desde 2023, com a elevação do rating tanto pela S&P quanto pela Fitch".
"Ocorrendo a efetivação da mudança da nota de crédito, o Brasil estará a um degrau de voltar a possuir grau de investimento, um marco significativo para os indicadores de estabilidade econômica do país", diz o comunicado. Para o Tesouro Nacional, o "melhor balanço fiscal do governo levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito".
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