A agência internacional de rating Moody’s rebaixou nesta quarta-feira (12) a nota de crédito do Paraná para o “grau especulativo”. A nota do estado para dívidas emitidas em moeda estrangeira foi de Baa3 (a última dentro do que é considerado “grau de investimento”) para Ba1.

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O rebaixamento foi uma consequência da mudança na nota do Brasil, que foi alterada de Baa2 para Baa3 na terça-feira. Outros estados, cidades e empresas brasileiros também tiveram o rating alterado. As cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, foram de Baa2 para Baa3, com nota igual à do país e um ponto acima do estado do Paraná.

Além do Paraná, os estados do Maranhão e Minas Gerais, além da cidade de Belo Horizonte, ultrapassaram a linha do grau de investimento para o lado especulativo da gradação usada pela Moody’s.

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Agência de risco Moody’s rebaixa nota de crédito do Brasil

Com o corte, o país está a um nível de perder o grau de investimento na agência

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Segundo a agência, a deterioração da economia brasileira e de sua situação fiscal têm um impacto direto sobre as finanças de estados e municípios. No caso do Paraná, a agência embutiu um viés negativo, que significa que a nota paranaense pode sofrer novo rebaixamento se não for observada melhora em sua gestão fiscal.

“A Moody’s vai manter o rating do Paraná em viés negativo refletindo a deterioração mais rápida do balanço do estado em 2014 em comparação com seus pares, como indicado em números publicados pelo Tesouro Nacional que evidenciam um déficit em torno de 6% das receitas operacionais, comparado a um superávit de 10% em 2013. O viés negativo também reflete uma redução na confiança a respeito das informações prestadas pelo estado, dada a discrepância no nível de gastos com pessoal divulgada nas contas públicas do estado em 2014, em comparação com as divulgadas pelo governo federal”, diz o comunicado da agência.

Ajuste

No início deste ano, o governo do Paraná fez um ajuste fiscal para lidar com as discrepâncias notadas pela Moody’s. Entre as medidas estão o aumento no ICMS de mais de 95 mil produtos, uma elevação de 50% nas alíquotas do IPVA e uma renegociação de R$ 1 bilhão em dívidas com fornecedores.

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Com isso, no primeiro semestre deste ano, o estado já voltou a apresentar um superávit fiscal de R$ 2,3 bilhões.