O presidente da Bolívia, Evo Morales, vai convidar especialistas em economia do Paraguai para ajudar o país depois que o aumento nos preços dos combustíveis resultou em protestos e greve do sistema de transportes. "Humildemente (...) vou convidar seus especialistas e seus técnicos para que me orientem sobre como produzo alimentos para 60 milhões" de pessoas, disse Morales, hoje, durante entrevista coletiva.
Ele destacou "a política econômica do presidente (Fernando) Lugo que este ano encabeça o crescimento econômico da região com mais de 9%". No quinto dia do chamado "gasolinazo", houve aumento do número de protestos em La Paz e ganhou mais força uma greve no setor de transportes, apesar do aumento salarial de 20% a quatro setores da economia, decretado ontem por Morales.
No sábado, o governo boliviano decretou um reajuste de 73% no preço da gasolina, 83% no óleo diesel e 99% na gasolina de aviação. Ontem, Morales anunciou um aumento salarial de 20% para o próximo ano e elevação de 100% para os funcionários públicos para atenuar a alta dos combustíveis. Vários produtos tiveram reajuste de mais de 15%, as tarifas dos transportes públicos subiram mais de 65% e o pão, 87%.
Ao defender o aumento dos combustíveis, Morales disse na terça-feira que quase a metade da gasolina e do diesel - que recebem subvenção do Estado - tinha como destino as fronteiras dos países vizinhos, onde era vendida por um preço mais alto.
Em mensagem ao país feita na noite de ontem, Morales reconheceu que a elevação dos combustíveis "é dura" e por isso foi "decretado um aumento do salário mínimo de 20% para a polícia, Forças Armadas, funcionários da saúde e educação para 2011".
"Sou responsável pelo que fiz, esse dinheiro em vez de sair fica aqui. (...) Para os que não receberão o aumento salarial, os funcionários públicos, terão o salário dobrado, aumento que não será dado ao vice-presidente nem ao presidente", afirmou. As informações são da Associated Press.
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