Morreu nesta terça-feira, em Fortaleza, aos 70 anos, o cientista Expedito José de Sá Parente, inventor do biodiesel. Expedito Parente estava internado no Hospital São Carlos, após uma cirurgia de diverticulite (inflamação no intestino grosso) e morreu por complicações após a operação. O corpo será cremado na manhã desta quarta-feira, no cemitério Jardim Metropolitano.

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Expedito Parente foi responsável pela primeira patente mundial da produção de biodiesel por meio da transesterificação, a partir de plantas oleaginosas. A tecnologia, pesquisada pelo cearense de modo pioneiro no final da década de 1970 e patenteada nos anos 1980, tardou a ser reconhecida no Brasil, tendo sido explorada no cenário internacional, o que rendeu a seu idealizador o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), do governo americano, de empresas como a Boeing e agências como a agência espacial americana (Nasa).

Expedito Parente graduou-se na Escola Nacional de Química, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1965, obtendo o mestrado em Ciências da Engenharia Química no ano seguinte, também na UFRJ. Concluiu cursos de especialização em Tecnologia de Óleos Vegetais e em Engenharia de Óleos Vegetais, no Instituto de Óleos do Ministério da Agricultura, e em Tecnologia de Couros, na École Française de Tannerie, em Lyon, na França. Em 1967, Expedito Parente tornou-se professor assistente da UFC, em Fortaleza, passando a professor adjunto em 1975.

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Foi na UFC, no final da década de 1970, que desenvolveu o método de produção de biodiesel que viria a submeter ao Instituto nacional de Prioridade Industrial (INPI) em 1980, tendo sido garantida em 1983 a patente PI - 8007957 ("Processo de Produção de Combustíveis a partir de Frutos ou Sementes Oleaginosas"), a primeira no mundo para um processo de produção em escala industrial de biodiesel.