O Prêmio Nobel de Econoia, Milton Friedman, um dos mais influentes economistas do século 20, faleceu nesta quinta-feira, aos 94 anos, vítima de problemas cardíacos, depois de ter sido hospitalizado em San Francisco, de acordo com informações de sua filha , Janet Martell. A mulher do economista, Rose Friedman, que ainda é viva, foi co-autora de muitas de suas obras.
Nascido em uma família muito pobre, cujos pais emigraram da Rússia, Milton Friedman nasceu no bairro do Brooklyn, em Nova York, a 31 de Julho de 1912. Completou a educação básica com menos de 16 anos de idade e, mesmo tendo perdido o pai, conseguiu manter-se na universidade graças a uma pequena bolsa e grandes sacrifícios financeiros.
No auge da Grande Depressão (1932), Friedman concluiu seus estudos em Rutgers, tendo se destacado nas disciplinas de Matemática e Economia. Escolhe a Universidade de Chicago para cursar seu mestrado em Economia.
Trabalhou com Frank Knight que, na época, destacava-se nos meios acadêmicos por suas teses conservadoras. É nesse ambiente que Friedman começa a consolidar sua teoria conservadora e polêmica de que a solução para os problemas de uma sociedade só é possível através de um sistema de competitividade e liberdade absolutas.
Friedman foi colunista da revista semanal Newsweek e membro do Departamento Nacional de Pesquisas Econômicas (EEUU) e conselheiro do governo chileno do General Pinochet, Muitas de suas idéias foram aplicadas na primeira fase do governo Nixon.
Seu posicionamento claro e ortodoxo fez-lhe muitos adversários, no plano das idéias, e foi motivo de muitas controvérsias. Conduziu-o, no entanto, à liderança de uma doutrina de pensamento econômico. Por suas realizações nos campos da análise do consumo, da história monetária e da teoria e demonstração da complexidade da política de estabilização, ele ganhou o Prêmio Nobel de Economia de 1976.