Que a Motorola tem dado um show no quesito design de aparelhos, a gente nunca duvidou. Mas a interface, pobrezinha, sempre foi um dos pontos fracos, assim como o gerenciamento da bateria. A boa notícia é que a fabricante resolveu baixar a guarda e correr atrás de melhorias exatamente nestes dois problemas. O Moto Q (pronuncia-se "quiu") não só tem interface infinitamente mais simples como é um smartphone para lá de interessante.
Lançado no Brasil por enquanto apenas pela Vivo em versão CDMA EVDO o modelo GSM chega no ano que vem o celular inteligente traz todas as funções que o Windows Mobile permite, tais como MSN Messenger (que fica igualzinho), Internet Explorer, Windows Media, aplicativos Office como Pocket Excel, além de suporte a Outlook e Lotus Notes. O aparelho ainda usa o sistema Push Mail para checagem automática de mensagens eletrônicas: assim que entra na caixa postal convencional, chega também à telinha do aparelho.
No nosso caso, configuramos uma conta de Hotmail e uma de Gmail e o cadastro é muito simples. É possível ter acesso a qualquer tipo de e-mail, até corporativo, via Exchange . Outro ponto positivo é a trackwheel, aquela rodinha inaugurada pelo Blackberry que serve para pular entre as opções e dar OK. No quesito entretenimento, o Moto Q também evolui bem. Tem câmera de 1.3 megapixels e tocador de MP3 e de vídeos leia-se Windows Media. Com a possibilidade de expansão de memória via slot de mini-SD de até 1 GB, dá para armazenar muito mais arquivos.
A navegação na internet também é agradável e, por causa da tecnologia EVDO, mais rápida. As páginas carregam numa boa, inclusive com Flash e Java, já que o aparelho fornece suporte a ambas as tecnologias.
Não há como não comparar o Moto Q com o Nokia E62 e o Blackberry, para citar só dois dos novos smartphones que chegaram ao mercado recentemente. Com o primeiro, diga-se de passagem, há uma incrível semelhança física. A diferença é que o E62 é mais pesado e mais "quadradão" que o Moto Q mas ambos têm muitos pontos positivos em comum.