A partir da próxima segunda-feira (30), os motoboys que exercem regulamente a profissão no transporte de mercadorias e documentos poderão contar com uma linha de crédito na Caixa Econômica Federal com juros mais baixos e prazos de pagamento de até 48 meses. O anúncio foi feito pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
Os interessados poderão financiar até 80% do valor de motonetas e motocicletas novas de até 150 cilindradas de fabricação nacional, escolhendo entre dois tipos de linha de crédito no limite de R$ 8 mil. Em um, o total de parcelas será de 36 meses e os juros, baseados na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 12% ao ano. Na segunda opção de 37 a 48 meses incidirá sobre o valor do veículo a TJLP, mais 18% ao ano.
Os veículos deverão ter itens de segurança regulamentados pelo Código de Trânsito Brasileiro, como freios a disco, pisca-alerta protetor de pernas, aparador de linha (antena corta-pipas), baú com reflexivo, vacina contra roubo, colete e capacete. Além disso, será obrigatória a contratação do seguro do bem.
O vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza, informou que os empréstimos serão operacionalizados até julho do ano que vem, totalizando R$ 100 milhões, recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT ).
Segundo ele, o benefício será restrito aos trabalhadores devidamente regulamentados, ou seja, autônomos inscritos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e profissionais com vínculo empregatício com código CBO nº 5191-10, que define o uso da motocicleta para transporte de documentos e pequenos valores.
De acordo com dados da Caixa, em todo o país, existem cerca de 251 mil profissionais empregados que têm esse certificado, dos quais 90 mil no estado de São Paulo e 60 mil na Grande São Paulo onde estão 23,9% da categoria de todo o país.
A linha de financiamento atende todas as reivindicações das leis federal e do município onde a moto só vai sair para os meninos que já estão padronizados e têm uma qualificação voltada para a regulamentação, disse o presidente do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo, Gilberto Almeida dos Santos.
Israel Silveira Lima, de 25 anos, que trabalha há seis anos, com carteira assinada, como motoboy, disse que vai vender logo sua moto e comprar uma nova. Segundo ele, pelo sistema tradicional do mercado, o motoboy tinha que arcar com custos de financiamento que praticamente dobrariam o preço do veículo.
Para nós que trabalhamos como motoboys vai ser bom, porque hoje a gente paga quase uma outra moto, levando apenas uma , afirmou.
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