O reajuste salarial dos condutores de motocicletas para o ano foi de 19,6%. Com o aumento maior que o IGP-M e o INPC, que marcaram respectivamente 6,3% e 6,9%, o salário mínimo da categoria vai a R$ 915, para 44 horas semanais de trabalho.
A mudança deve atingir em torno de 3 mil trabalhadores, segundo dados do Sindicato dos Trabalhadores de Veículos Motonetas, Motocicletas e Similares de Curitiba e Região Metropolitana (Sintramotos). A convenção inclui também o pagamento de vale refeição, convênio médico e odontológico e seguro de vida.
"O aumento acaba nem sendo tão alto. Estamos tentando chegar em um salário melhor, em torno de R$ 1,5 mil, que acreditamos ser o mínimo para compensar os riscos da profissão", diz Edemilson da Mata, secretário geral do Sintramotos. Nesse sentido, os últimos anos marcaram crescimentos salariais altos para a categoria: em 2011 foi negociado um aumento de 15%, enquanto em 2012 o aumento foi de 12,5%.
Segundo Luiz Rüppel Bittencourt Neto, diretor da Fox Express, empresa que emprega 150 trabalhadores do setor, o aumento pode criar um ciclo insustentável. "Como poucas empresas do setor trabalham na legalidade, nem todas irão aplicar o aumento, criando uma concorrência pouco saudável. Com a perda de clientes, o novo salário pode gerar inclusive demissões".
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