São Paulo A fabricante de celulares Motorola revelou ontem o Razr2, aparelho que vai suceder um dos maiores sucessos da história da telefonia móvel, o V3 Razr, que contabiliza mais de 98 milhões de unidades vendidas no mundo desde o lançamento em 2004. No Brasil, a novidade está programada para estrear em agosto com um preço bastante salgado acima dos R$ 1 mil, segundo estimativas iniciais.
O Razr2 chega num momento crucial para a Motorola. A companhia norte-americana registrou prejuízos significativos nos últimos três balanços trimestrais e vê sua principal concorrente, a Nokia, se distanciar na briga pela liderança do mercado mundial de celulares. A estratégia da Motorola é ganhar rentabilidade e, para isso, apostar em supertelefones, que ofereçam uma margem de lucro mais folgada. No mercado brasileiro, segundo a consultoria de mercado Nielsen, a empresa tem 23% das vendas, contra 32% da Nokia.
O Razr2 é apontado como o aparelho que baterá de frente com o iPhone, celular que a Apple coloca nas prateleiras dos Estados Unidos no mês que vem. Qualidades para desbancar o iPhone do posto de "sonho de consumo" o novo celular da Motorola tem de sobra, como 2 GB de memória, tecnologia que aumenta o volume do fone automaticamente em ambientes barulhentos, câmera de 2 megapixels com disparo seqüencial de até oito fotos, bluetooth estéreo e uma interface inteligente, que "adivinha" a função que o usuário quer acessar. Some-se a isso um design de fazer cair o queixo (2 milímetros mais fino que o Razr atual, acabamento em alumínio e aço escovado).
Chega-se à conclusão de que a companhia que criou o celular como o conhecemos hoje está apostando alto para fazer seus balanços navegarem no azul.