A inflação da região metropolitana de Curitiba recuou de 0,53% em outubro para 0,30% em novembro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice do mês passado, inferior ao da média nacional (de 0,52%), foi também o mais baixo dentre as nove regiões metropolitanas monitoradas pelo instituto por meio do IPCA.
No entanto, parte desse desempenho reflete o fato de que vários produtos e serviços oferecidos na capital paranaense "devolveram" recentemente uma parte das fortes altas dos meses anteriores no ano de 2011 e no acumulado dos últimos 12 meses, Curitiba e região ainda exibem a maior inflação do país.
Em novembro, as variações de preço na capital foram mais modestas que as da média nacional em seis dos nove grupos de despesas pesquisados pelo IBGE. A categoria de artigos para a residência, por exemplo, teve deflação média de 1,51% na região, contra uma alta de 0,05% em todo o país. Contribuíram para esse resultado quedas de preço em produtos como móvel para sala (deflação de 3,87%), roupa de cama (-4,11%), móvel para copa e cozinha (-3,72%), móvel para quarto (-1,27%) e fogão (-2,86%).
Outro grupo com retração importante na capital paranaense foi o de transportes, cujos preços médios baixaram 0,31%, ante leve avanço de 0,01% na média das regiões. Entre os itens que ficaram mais baratos em Curitiba estão automóvel usado (-2,06%), automóvel novo (-0,40%), motocicleta (-2,09%), gasolina (-0,13%) e passagem aérea (-2,1%).
Na categoria de vestuário, a inflação curitibana foi de apenas 0,06% no mês passado puxada para baixo por calçados e acessórios, que ficaram 1,83% mais baratos, em média , contra uma alta nacional de 0,58%. Os preços de alimentos e bebidas subiram bastante em Curitiba (0,75%), mas, ainda assim, em ritmo inferior ao da média nacional (1,08%).
Alta acumulada
A inflação mais leve de novembro não foi suficiente para tirar da Grande Curitiba o título de maior inflação de 2011. De janeiro a novembro, os preços médios subiram 6,67% na região, bem acima da média nacional (5,97%). A inflação acumulada na capital em 12 meses diminuiu pelo segundo mês consecutivo, passando para 7,33%; mesmo assim, segue mais alta que a observada em todo o país (6,64%).
De janeiro a novembro, o IPCA de Curitiba superou o nacional em seis das nove categorias de despesas: alimentos e bebidas, habitação, transportes, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais e comunicação. Por outro lado, os avanços na região foram mais tímidos nos grupos de artigos de residência, vestuário e educação.