O último domingo antes do Natal levou milhares de consumidores atrasados às lojas para fazer compras e garantir que familiares e amigos não fiquem sem presentes, mesmo que seja apenas uma lembrancinha. Com o sol e as temperaturas em alta, muitos consumidores aproveitaram o comércio de rua para colocar as compras em dia, enquanto outros buscaram a comodidade e o ar-condicionado dos shoppings da capital.
Embora muitos lojistas apostem em promoções e preços menores para aumentar as vendas na reta final, quem deixa as compras para a última hora pode correr o risco de ficar sem o produto desejado, além de ter que encarar o tumulto e as filas típicas desse período. "Não encontrei a boneca Monster High para a minha sobrinha", diz a citotécnica Lilian Vargas, se referindo ao brinquedo que é a nova sensação entre as meninas e estava em falta nas lojas do ParkShopping Barigui.
O engenheiro Alexandre Zamberlan, que fazia compras com a família no mesmo shopping, também teve certa dificuldade para encontrar alguns presentes da lista. Isso porque, segundo ele, as opções já são menores. Mesmo assim, depois de uma maratona no shopping, a família conseguiu finalizar as compras com sucesso, gastando, em média, R$ 200 por presente. "Estamos aqui desde que o shopping abriu", disse o engenheiro, pronto para ir embora, por volta das 16 horas.
Nas ruas do centro de Curitiba, o movimento foi bastante intenso durante toda a tarde de domingo. Muitas pessoas aproveitaram o horário estendido e vieram de outras cidades para fazer compras na capital. O advogado André Schandelier veio de Cerro Azul, a 90 quilômetros de Curitiba, com a noiva, o afilhado e um casal de amigos para fechar a lista de compras. Depois de garantir o seu presente de Natal uma TV de 32 polegadas ele ainda tinha uma missão importante: encontrar um sapato para a noiva. "Deixei para vir hoje por causa do horário estendido. Além disso, em Cerro Azul, não existe muita variedade de produtos", diz Schandelier, que encontrou outros amigos de Cerro Azul fazendo compras em Curitiba.
Tradição
Deixar as compras para a última já se tornou comum em datas importantes para o comércio, sobretudo, no Natal. Nas lojas da rede Walmart, BIG e Mercadorama, 60% de todas as vendas de brinquedos realizadas no mês de dezembro ocorrem cinco dias antes do Natal. E não é apenas a compra dos presentes que acaba ficando para a última hora, mas também a escolha de itens fundamentais para garantir a tradicional Ceia de Natal, como as aves. De um total de cinco mil toneladas de aves que devem ser vendidas especialmente para a data nas lojas da rede, a estimativa é que 70% sejam comercializadas entre sábado e hoje.
