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FAST-FOOD

MPF abre investigação contra o McDonald’s

Trabalhador do McDonald’s protesta contra rede de fast-food em protesto no Centro de Curitiba em 2014 | Daniel Castellano /Gazeta do Povo
Trabalhador do McDonald’s protesta contra rede de fast-food em protesto no Centro de Curitiba em 2014 (Foto: Daniel Castellano /Gazeta do Povo)

O Ministério Público Federal em São Paulo instaurou investigação para apurar a suspeita de sonegação tributária e de concorrência desleal por parte do McDonald’s.

A portaria assinada pelo procurador Marcos José Gomes Corrêa na última terça-feira (1) estabelece a abertura de inquérito civil contra a Arcos Dourados, que detém os direitos de exploração das franquias no país, a norte-americana Mc Donalds Corporation, além de outras quatro empresas relacionadas às atividades da rede de fast-food no Brasil.

A investigação é resposta a uma representação protocolada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT) no dia 14 de agosto de 2015. Segundo o documento de 1,8 mil páginas, agora acolhido pelo MPF, há indícios de que a empresa adotou medidas para pagar menos impostos no Brasil. A UGT também acusa a rede de fast-food de “exercer controle excessivo sobre os negócios dos franqueados, (...) com o objetivo de maximizar seus lucros”.

Mobilização

Esse é mais um capítulo, agora regional, de um esforço de sindicatos internacionais que, no primeiro semestre do ano passado, divulgaram o relatório Golden Dodges, que indica que o McDonalds teria deixado de pagar US$ 1,8 bilhão em impostos, na Europa, entre 2009 e 2013.

“Nós reunimos aqui no Brasil um volume grande de documentos, mas não temos provas, apenas suspeitas”, afirma o advogado Alessandro Vietri, sócio do Piza Advogados, escritório que faz a coordenação jurídica das ações das entidades sindicais. O próximo passo é o MPF convocar a empresa para responder às acusações e apresentar sua defesa.

Em comunicado divulgado na quarta-feira (3), o McDonald’s disse que ainda não foi notificado sobre o tema. “Assim que isso (a notificação) ocorrer, apresentaremos as devidas informações e esclarecimentos ao Ministério Público Federal. Ressaltamos que a empresa tem plena convicção do cumprimento de todas as leis em todos os mercados onde atua.”

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