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Sadia de Toledo foi autuada por não oferecer um ambiente seguro aos trabalhadores e por falta de oferta de vagas para deficientes

O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) encontrou irregularidades trabalhistas na unidade da Sadia, em Toledo, no Oeste do Paraná, e por isso entrou com ação na Justiça do Trabalho. O órgão pede que a empresa tenha que pagar indenização de R$ 50 milhões por dano social. A ação foi impetrada na tarde de segunda (28) e foi divulgada nesta terça-feira (29).

De acordo com o órgão, os colaboradores da unidade trabalhavam sob frio excessivo e faziam movimentos repetitivos. Normas de segurança e saúde também não eram cumpridas pela Sadia, de acordo com o procurador Bruno Augusto Ament. Ele investigou as irregularidades em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Outras irregularidades que, segundo o procurador, eram cometidas na unidade da Sadia em Toledo foram: falta de repouso semanal remunerado e de pagamento de horas-extras, e horários irregulares de intervalo.

O procurador analisou os dados de afastamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e constatou que alguns trabalhadores apresentavam doenças ocupacionais. "Essas doenças poderiam ser evitadas ou minimizadas com o cumprimento da legislação e a adoção de medidas preventivas, como: cuidados ergonômicos, instituição de rodízios eficazes, pausas, diminuição do ritmo de trabalho, adequação do mobiliário, dentre outras", afirmou o procurador Bruno Augusto Ament, do MPT-PR.

A multa de R$ 50 milhões deverá se revertida em ações que possam minimizar os danos sofridos pelos trabalhadores, segundo o órgão.

Contratação de pessoas com deficiência

Outro motivo que levou o MPT-PR a entrar com a ação contra a Sadia diz respeito ao não cumprimento da cota de contratação de pessoas com deficiência. Segundo o órgão, a unidade de Toledo contava com 7.422 colaboradores em agosto de 2009 – data da última fiscalização na unidade -, dos quais 182 tinham algum tipo de deficiência ou foram reabilitados da Previdência Social. Para cumprir a cota determinada por lei (5%), a unidade teria que contar com 362 trabalhadores com deficiência.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Sadia, para ter um posicionamento da empresa sobre as irregularidades citadas pelo MPT-PR. Até as 13h35 não houve retorno por parte da assessoria de imprensa da Sadia.

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