O Ministério Público do Trabalho do Paraná (MPT-PR) entrou com uma ação com pedido de liminar para que os trabalhadores do HSBC não sejam demitidos sem negociação coletiva, após a venda da instituição ao Bradesco, em agosto.
O Ministério pede ainda que os bancos garantam o pagamento de vale alimentação, seguro saúde e ofereçam cursos de capacitação após possíveis demissões, sob a pena de multa de R$ 20 mil por colaborador e de R$ 10 milhões de dano moral coletivo.
A ação do MPT foi instaurada inicialmente em novembro de 2014, quando o órgão público recebeu a denúncia do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Maringá e Região de que o banco inglês iria realizar demissões em massa.
O inquérito, porém, foi arquivado depois de o HSBC iniciar uma negociação coletiva com os funcionários. No entanto, o anúncio da venda do HSBC do Brasil, em maio, fez com que o Ministério solicitasse a reabertura da ação.
De acordo com o órgão, as dispensas ainda são um risco, “visto que nada havia sido estabelecido quanto a demissões futuras no banco.” Em nota, o MPT informou que não há “qualquer garantia” de manutenção dos empregos. Bradesco e HSBC, por outro lado, negam as dispensas.
Relembre
Após problemas financeiros, as operações bancárias do Bamerindus foram compradas pelo HSBC em 1997. Entretanto, devido à baixa rentabilidade no Brasil e a uma reestruturação mundial, o banco inglês decidiu vender a unidade local, que foi arrematada pelo Bradesco por R$ 17,6 bilhões.
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