O Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia informou nesta sexta-feira (4) que resgatou 11 pessoas em condições de trabalho análogo ao de escravos em um cruzeiro marítimo da operadora turística MSC Crociere no porto de Salvador.

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Segundo um comunicado de imprensa do MPT, os empregados a bordo do navio MSC Magnífica realizavam jornadas trabalhistas de até 11 horas diárias e estavam submetidos a assédio moral e sexual, entre outras irregularidades identificadas, como humilhações e cobranças excessivas.

A investigação começou após denúncias feitas pelos trabalhadores do navio que vinham sendo examinadas desde o começo de março, quando as autoridades realizaram uma primeira inspeção no porto de Santos.

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A MSC informou que a intervenção aconteceu após "análises detalhadas de milhares de documentos e entrevistas com tripulantes" feitas por inspetores do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Depois dessas revisões, segundo a MSC, o MTE "alegou" supostas irregularidades nas condições de trabalho de 13 tripulantes brasileiros, solicitando-os a desembarcar.

"Destes, 11 aceitaram desembarcar, mas dois se recusaram e decidiram continuar trabalhando a bordo", acrescenta o comunicado.

A MSC também afirmou estar "em total conformidade" com as normas de trabalho brasileiras e internacionais, e estar preparada para colaborar com as autoridades competentes.

"Sendo assim, a MSC repudia as alegações feitas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, do qual não recebeu nenhuma prova ou qualquer auto de infração", conclui a nota.

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