Diretor-Presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse que a transferência de vôos para o aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) depende apenas das companhias aéreas. Para desafogar o tráfego aéreo em São Paulo, Zuanazzi afirmou que, além do Rio, as soluções imediatas incluem o deslocamento de trechos para os aeroportos de Guarulhos, Viracopos, em Campinas, Bauru e São José dos Campos. Em abril, quando acabarem as obras em Congonhas, será feito um amplo debate para a construção de um novo aeroporto em São Paulo, cujas obras seriam concluídas entre 3 e 4 anos.
- O Rio de Janeiro tem uma atividade econômica intensa. As perspectivas são boas. O Galeão pode receber mais vôos assim que as companhias aéreas quiserem. O Galeão já recebe vôos charters que não conseguem horários em Guarulhos. No ano passado, o Galeão recebeu 290 vôos. Este ano, o número já está em 219. O governo do Estado do Rio está no caminho certo em querer conversar com as empresas aéreas - disse Zuanazzi, que se reuniu nesta sexta-feira, de manhã, no Palácio das Laranjeiras com o governador Sérgio Cabral e o Superintende Regional Leste da Infraero no Rio de Janeiro, Pedro Azambuja, para discutir a ampliação dos vôos no aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Segundo o Secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Eduardo Paes, o governo vai criar condições para trazer as companhias aéreas para o Rio.
- Queremos que o hub (centro de distribuição de vôos) de São Paulo seja tratado como o da Região Sudeste. O objetivo é desafogar o espaço aéreo de São Paulo. Já estamos trabalhando também em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar para garantir uma maior segurança nas vias expressas - disse Paes.
Zuanazzi, que reforçou a tese de Paes, disse que um país continental como o Brasil não pode ter apenas um hub. Segundo ele, a tendência é que sejam construídos novos hubs no país. Pedro Azambuja disse que 10 companhias internacionais já solicitam novas freqüências para o Galeão. No mercado doméstico, o executivo disse que a TAM já está interessada em transferir para o Rio parte de sua operação. Empresas como Ocean Air e Team pediram maior espaço no aeroporto.
Zuanazzi afirmou ainda não ver necessidade de criação de uma CPI para investigar a crise do setor aéreo. Segundo ele, o parlamento brasileiro "já está muito bem informado a cerca dos problemas ocorridos nos aeroportos brasileiros no fim do ano passado. As informações estão dadas, prestadas. não vejo fato nenhum que pudesse alcançar uma CPI". Zuanazzi disse que a Câmara, o Senado e o Tribunal de Contas da União já têm todas as informações sobre o assunto. Ele ressaltou que já existem duas comissões no Congresso para investigar o apagão aéreo.
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