As mulheres recebem salários hoje que, em média, equivalem ao que os homens ganhavam uma década atrás. E levará 118 anos para que os dois gêneros tenham remunerações iguais, considerando a atual taxa de convergência, de acordo com relatório do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês).
Conforme o estudo, cerca de 250 milhões de mulheres passaram a participar da força de trabalho desde 2006.
“Mais mulheres que homens entraram em universidades em cerca de cem países, mas as mulheres só são maioria em cargos de chefia em alguns poucos países”, disse Saadia Zahidi, diretora do Desafio Global para Paridade de Gênero do Fórum, em comunicado. “Empresas e governos precisam implementar novas políticas para evitar essa perda contínua de talento e, em vez disso, usá-la para ampliar o crescimento e a competitividade.”
O WEF é mais conhecido por sua conferência anual em Davos, na Suíça, que atrai líderes governamentais e empresariais para o resort alpino a cada ano, em janeiro. E vem apoiando o fórum como um lugar para dar voz às mulheres.
O relatório mediu a lacuna entre gêneros em 145 países medindo fatores que incluem oportunidades econômicas, avanço educacional, presença política e saúde. Os países nórdicos concentaram as quatro pimeiras posições, assim como no ano passado. Os EUA ficaram com o 28º lugar, oito posições abaixo da marcada em 2014, com uma “suave percepção de igualdades para trabalhos similares e mudanças em posições ministeriais”.
O Reino Unido subiu da 26ª para a 18ª posição, embora ainda não tenha retomado a posição que ocupava em 2006 (9º), primeiro ano em que o levantamento sobre desigualdade de gênero foi publicado.
Mais de 80% dos países examinados registraram progresso na participação na força de trabalho, com o Nepal tendo a melhora mais significativa. Os países com maior crescimento incluem Botswana, Nigeria, Espanha, Nicaragua e África do Sul. Os maiores avanços das mulheres em posições de gêrência e liderança política foram verificados na Colômbia, em Gana e na França.