Executivos da empresa multinacional americana Sunlight Technologies, de geração de energia solar e fotovoltaica, estiveram em Londrina ontem, no Hotel Blue Tree, para apresentar o projeto de instalação de uma filial da empresa na cidade. Segundo o CEO da empresa, Scott Rettberg, a implantação da fábrica na cidade em um barracão de 11 mil metros quadrados próximo à PR-445, de propriedade privada, deve começar entre 90 e 120 dias, com a vinda de uma máquina de produção das placas geradoras de energia dos EUA.
Segundo o empresário, a Sunlight produz, com tecnologia patenteada, placas de CIGS (cobre, índio, gálio e selênio) para serem usadas em prédios, indústrias e campos abertos, como fazendas e sítios. O objetivo é gerar energia solar limpa e renovável por meio da captação das placas. A empresa tem unidades na China e nos EUA.
Participaram da coletiva, além dos executivos, o coordenador regional da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Clóvis Coelho, e a diretora de Ciência e Tecnologia da Companhia de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Maria Rosilene Sabino. De acordo com o diretor de Vendas e Marketing da empresa, André Valente, a Sunlight deve investir, ao todo, mais de US$ 115 milhões na unidade em até cinco anos, quando a instalação da empresa estiver completa. "A instalação está certa, independente de prováveis incentivos que a Prefeitura possa oferecer. Inicialmente, estão previstos US$ 50 milhões em investimentos de capital humano e equipamentos", afirmou Valente.
A escolha por Londrina, segundo Rettberg, veio após um período de troca de informações com Clóvis Coelho, um dos articuladores da vinda da empresa. A Sunlight deve contratar, em até cinco anos, 400 funcionários, a maioria deles operacionais e técnicos. Também está prevista a contratação de engenheiros e profissionais de marketing. "Passamos por cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e outras, e notamos que Londrina tem boa capacidade de oferecer mão de obra qualificada e jovem", diz Valente.Segundo a diretora da Codel, a vinda de uma empresa de grande porte "em uma área estratégica como a de energia" é algo para o qual a cidade está preparada "há anos". "Londrina já tem centros de capacitação tecnológica e mão de obra para trabalhar." Quanto aos incentivos para a vinda da empresa, a diretora disse que "serão estudados" e dados, "se necessário".