Um rapaz de 13 anos está prestes a lançar uma impressora que converte textos convencionais para braille por menos de US$ 500.

CARREGANDO :)

Em palestra na Campus Party, Shubham Banerjee, que mal entrou na adolescência, apresentou a sua impressora Braigo.

"Desculpem se eu fizer xixi na calça. Estou muito nervoso", começou o garoto, demonstrando certa timidez no início da apresentação.

Publicidade

Ele contou que teve a ideia do projeto quando voltava da escola e parou para verificar a correspondência na caixa de correio de sua casa. Lá, encontrou uma propaganda de uma organização pedindo doações para cegos e se perguntou: "Como os cegos leem?"

Em um mês, o rapaz criou uma primeira versão da impressora, feita com um kit de desenvolvimento de Lego. Daí, surgiu o nome Braigo (Braille + Lego).

Segundo Shubham, normalmente uma impressora para cegos custa por volta de US$ 2.000 -as mais rápidas chegam a sair por US$ 50 mil.

"Vocês preferem uma impressora em braile rápida, mas muito cara, ou uma com velocidade razoável mas que é muito barata?", questionou o garoto. "A maioria prefere a mais barata", concluiu.

O projeto rendeu conhecimento ao jovem empreendedor e ele acabou recebendo um investimento da Intel para abrir uma empresa, fazer uma nova versão do dispositivo e produzi-lo em escala comercial.

Publicidade

A Braigo 2.0 deve ser lançada pela Braigo Labs ainda neste ano.

'APENAS UMA CRIANÇA'

"Tenho 13 anos. Não posso dirigir, beber nem assinar documentos", disse Shubham durante sua palestra.

Apesar do sucesso de seu empreendimento, o garoto fez questão de ressaltar que é uma criança como todas as outras.

"Adoro 'Minecraft', futebol americano e tudo o que uma criança da minha idade normalmente faz. Não vou sair da escola tão cedo", comentou o rapaz.

Publicidade

"As pessoas pensam em mim como alguém diferente, mas sou só um menino de 13 anos", continuou.

Mesmo assim, ele não economizou nas declarações de efeito que poderiam ter muito bem saído da boca de gente grande.

"É preciso trabalhar com inovação pelas razões certas, e dinheiro não é uma delas", defendeu.

Durante toda a apresentação, que durou cerca de uma hora, o rapaz fez questão de ressaltar o uso da tecnologia para o bem da sociedade.

"Essas coisas deviam nos ajudar a deixar a vida mais fácil, e não virar um fardo por causa de seus altos custos", concluiu.

Publicidade