Acessar um site a partir de um dispositivo móvel e descobrir que ele é limitado por causa da tela reduzida é frustrante para quem está em busca de informações naquele endereço eletrônico. Já para quem fez aquele site sem se preocupar com os diferentes tamanhos de displays, isso pode representar a perda de um cliente. Antonio Maganhotte Junior, diretor da Polvo, empresa de comunicação e tecnologia, em Curitiba, cita uma pesquisa da Accenture que mostra o Brasil como o país que tem o maior porcentual de usuários de internet que utilizam dispositivos móveis para acessar a rede, cerca de 69%.
O mesmo estudo, completa, também revelou que 78% dos brasileiros desejam comprar um smartphone em um futuro próximo. Esse volume é muito representativo e não pode mais ser ignorado pelas empresas. "Quem não estiver preocupado com as diferentes formas de acesso ao seu site, certamente perderá clientes para seus concorrentes, já que na internet, o concorrente está a somente um clique de distância", afirma.
Uma solução para esse problema está no design responsivo, técnica que a FAE Centro Universitário, de Curitiba, resolveu adotar de maneira integral no website institucional (www.fae.edu). O site foi construído de maneira que as suas configurações se adaptam automaticamente à maioria dos dispositivos eletrônicos. De acordo com a coordenadora de web da FAE, Daniella Biselli Silveira Clivatti, "tanto o Portal do Aluno como o Portal do Docente foram reestruturados de forma responsiva, ou seja, os estudantes e professores da instituição podem acessar informações acadêmicas e financeiras por meio do dispositivo que tiverem às mãos".
Tiago Stachon, diretor de Planejamento e sócio da agência The Getz, diz que a empresa que não se preocupa com as formas de acesso ao seu site perde a oportunidade de repassar a informação desejada na medida correta. Segundo ele, "ter um site em uma tela de computador e simplesmente redimensionar ele para a tela de um celular sem alterar seu formato é declarar que você não está preocupado com a qualidade da informação e com a comodidade da leitura desta informação".
Ainda assim, a maioria das empresas não parece preocupada com isso. Maganhotte Junior, da Polvo, afirma que poucas têm essa preocupação, mas, para ele, essa realidade está mudando. "Durante o ano de 2012 o volume de clientes que procurou a Polvo Digital em busca de sites preparados para todos os tipos de dispositivos foi maior que no ano anterior, mas ainda está longe de ser a maioria."
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